sábado, 8 de novembro de 2008

Animar?

Lá fora a chuva cai. Fecho os olhos e ouço gota a gota. O vento agitando as folhagens das árvores que brevemente deixaram de existir para assim cobrir o chão que todos os dias pisamos. O vento assobia, uiva faz todos os barulhos imagináveis. Olho pela janela e as gotas escorrem pela vidraça. Abro a janela e contemplo o cheiro da terra agora molhada. Olho para o céu, está cinzento, sinal de tristeza profunda. Mais uma vez contemplo a tão desejada chuva, E continuo a deslizar com a caneta por estas linhas brancas do meu bloco. Preenchendo-o assim de ponta a ponta com palavras que saem à deriva. À deriva ando eu agora pela chuva. Molhada e gelada procuro algo que não encontro. Raios e trovões recaem sobre os céus iluminando o cinzento pesado. Barulho ensurdecedor percorre meio mundo, barulho que todos receiam. A lama chega os tornozelos, já não sinto os pés. Mas mesmo com este frio continuo a sentir o meu coração, pois mantém-se quente, mais quente do que nunca. Que há mínima lembrança se derrete. Já é noite e a escuridão apoderou-se dos céus e como tal tenta apoderar-se do meu ser. Procuro um sinal mas não o vejo, desespero na noite e deambulo pelos cantos. Tento encontrar as estrelas ou a Lua mas o céu está completamente cerrado, nem um único raio de luar para me guiar. Agora tenho a certeza que estou completamente sozinha. Becos sem saída na rua dos nomes.Onde está o sinal que tanto procuro para me tirar desta escuridão e me enviar novamente para a luz. Meu Anjo lindo meu anjo bom onde estás??? Vem ao meu encontro que eu ando há deriva nesta imensidão da noite. Preciso da tua luz do teu carinho, preciso do teu amor do teu cuidado, Preciso da tua companhia da tua mão neste momento de escuridão. Aos poucos vou perdendo os sentidos, juntando-se ao frio e há solidão. Esta próximo, não consigo ficar lúcida por muito mais tempo. Acabou, caí inanimado numa vala, num canto imundo e húmido. O fim chegou. Será que alguém me virá salvar? Antes que a minha alma suba aos céus e abandone o meu corpo? Não sei, estou encorralada por algo k não me deixa subir ao de cima. A tristeza está-me a invadir por completo e não deixa a felicidade entrar dentro de mim. Quero um dia voltar a ser aquela Vera que antes era... Mas está a ser muito dificil conseguir vir ao de cima depois de uma grande perca que tive... Não consigo encontrar conforto, maneira de me animar... Sem ti já não sou a mesma...

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